«Novembro, mês das almas!…»
Iniciamos o mês de novembro com a festa do Pão-por-Deus ou de todos os Santos e de seguida o dia dos Fiéis Defuntos ou das Almas. Sabemos da devoção do nosso povo nestes dois dias de novembro e na dedicação deste mês às almas, quer na visita aos cemitérios com limpeza das campas e deposição de flores quer na recordação dos defuntos nas orações e nas missas pelos defuntos. Vivemos a bondade e a santidade de Deus nas criaturas humanas, criadas à “imagem e semelhança de Deus”, redimidas pelo Filho de Deus, novas criaturas habitadas pelo Espírito Santo e destinadas ao céu. É o dia de todos os santos, santos já nos altares, canonizados pela Igreja e santos (1 novembro) que só Deus conhece e que constituem uma inumerável multidão como diz o livro do Apocalipse, chamados às núpcias do Cordeiro. Sabemos que o mal/o pecado também nos toca, lembramos a finitude humana do dia das Almas (2 novembro), nós que fomos redimidos pela Cruz do Senhor e com Ele ressuscitados. Jesus subiu ao céu onde há muitas moradas, para nos preparar um lugar, para nos elevar para o eterno amor de Deus. Entre nós no dia das Almas visitamos o cemitério após a missa das 10h e continuamos a nossa oração pelos defuntos, já iniciada na celebração das missas deste dia com uma única intenção: os Defuntos da nossa Paróquia. Todos temos entes queridos que já partiram e por isso lembramos todos eles em comunidade paroquial no sufrágio em oração e gratidão, lembrando a memória de todos. Logo não há lugar para intenções particulares nas missas deste dia: rezamos todos, por todos e com todos.
Ao escrever estas linhas lembro uma senhora que dizia: «Quando morrer preciso de dois caixões: «Um para o corpo e outro para a língua». Sabedoria de quem tem experiência da vida e sabe do barro com que foi feita. Para alguns são precisos muitos mais certamente, mas o apartamento que nos é dado não permite tal. Deus nos ajude e ensine que não precisamos levar o mundo para o outro lado.
MESA DA PALAVRA – Ano B – XXX DOMINGO COMUM
1ª Leitura Jr 31, 7-9 – Porque isto diz o Senhor: «Soltai gritos de júbilo por Jacob. Aclamai a primeira das nações! Fazei ressoar louvores, exclamando: Ó Senhor salva o teu povo, o resto de Israel. 8 Eis que os trarei do país do Norte, e os congregarei dos confins da terra. O cego e o coxo, a mulher grávida e a que deu à luz, virão entre eles. Hão-de voltar em grande multidão. 9 Partiram entre lágrimas, mas fá-los-ei voltar em grande consolação; conduzi-los-ei às torrentes de água, por caminhos direitos em que não tropeçarão; porque sou para Israel como um pai, e Efraim é o meu primogénito.
2ª Leitura: Heb 5, 1-6 – Todo o Sumo Sacerdote tomado de entre os homens é constituído em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. 2 Pode compadecer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também Ele está cercado de fraqueza; 3 por isso, deve oferecer sacrifícios, tanto pelos seus pecados, como pelos do povo. 4 E ninguém toma esta honra por si mesmo, mas somente quem é chamado por Deus, tal como Aarão. 5 Assim também Cristo não se atribuiu a glória de se tornar Sumo Sacerdote, mas concedeu-lha aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei. 6 E, como diz noutro passo: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
Evangelho: XXX: Mc 10, 46-52 – Chegaram a Jericó. Quando ia a sair de Jericó com os seus discípulos e uma grande multidão, um mendigo cego, Bartimeu, o filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. 47 E ouvindo dizer que se tratava de Jesus de Nazaré, começou a gritar e a dizer: «Jesus, filho de David, tem misericórdia de mim!» 48 Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem misericórdia de mim!» 49 Jesus parou e disse: «Chamai-o.» Chamaram o cego, dizendo-lhe: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te.» 50 E ele, atirando fora a capa, deu um salto e veio ter com Jesus. 51 Jesus perguntou-lhe: «Que queres que te faça?» «Mestre, que eu veja!» -respondeu o cego. 52 Jesus disse-lhe: «Vai, a tua fé salvou-te!» E logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.
ACONTECE NA RIBEIRA BRABA – AGENDA PAROQUIAL
MÊS DE OUTUBRO
1-31: Terço às 19h30 na igreja durante o mês de outubro de 2ª a 6ª feira. Nas capelas as pessoas combinam com as encarregadas a hora mais conveniente.
- 31. Véspera de Todos os Santos, 8h e 20h.
- Um obrigado a todos os que nas capelas e paróquias puderam
juntar-se para rezar o terço a N. S. de Fátima, pela Paz.
MÊS DE NOVEMBRO
- Todos os Santos ou Pão por Deus: 8h, 10h,12h
- Fiéis Defuntos ou Almas: 8h, 10h (ida ao cemitério), 17h. Intenção única: Almas da Paróquia
- 7. Almas: Párocos, Festeiros, Benfeitores e Movimentos Paroquiais, 8h
- Festa do Acolhimento, 1º Ano Catequese, 17h
- São Martinho
- Dia Mundial dos Pobres
17-24: Semana da Apresentação
15. Bênção das Capas Escola Pe. Manuel Álvares, 15h
- Novena e Missa,19h
18-22 – Novena e Missa, 20h
- Jornada Diocesana de Apostolado dos Leigos
23 – Véspera da Festa da Apresentação, 20h
24 – Festa: Missa e Procissão às 15h
NB. CARTA ENCÍCLICA: DILEXIT NOS, DO SANTO PADRE FRANCISCO, SOBRE O AMOR HUMANO E DIVINO DO CORAÇÃO DE JESUS
- 1. «AMOU-NOS», diz São Paulo referindo-se a Cristo (Rm 8, 37), para nos ajudar a descobrir que nada «será capaz de separar-nos» desse amor (Rm 8, 39). Paulo afirmava-o com firme certeza, porque o próprio Cristo tinha garantido aos seus discípulos: «Eu vos amei» (Jo 15,9.12). Disse também: «Chamei-vos amigos» (Jo 15, 15). O seu coração aberto precede-nos e espera-nos incondicionalmente, sem exigir qualquer pré-requisito para nos amar e oferecer a sua amizade: Ele amou-nos primeiro (cf. 1 Jo 4, 10). Graças a Jesus, «conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16).