«Eucaristia: Pão e Partilha!…

Jesus compadecia-se das multidões pois bem sabia e conhecia as suas necessidades e ensinava-as como quem tem autoridade. Assim sabemos dos testemunhos acerca de Jesus. No Evangelho deste domingo vemos Jesus no mar da Galileia, não longe da sua terra, Nazaré! Está em pleno anúncio do Reino de Deus e acompanha-o os sinais/milagres desse Reino, que indicam os sinais do Messias de que Ele é portador. Está acompanhado com os apóstolos, que são experimentados, um deles Filipe, e Jesus bem sabia o que ia fazer. A generosidade de um jovem (rapazito): “com cinco pães de cevada e dois peixes” aberto à ação de Jesus faz a partilha que gerou multiplicação. Já sabemos o provérbio que “o pouco sem Deus é muito” e a forretice não dá em nada, nem para o próprio. Já alguma vez nos perguntámos porquê um rapazito e não um adulto ou idoso a dar o que tinha a Jesus? Será porque os mais novos são sonhadores e não pensam nas consequências da generosidade? Pense e responda cada um ou imagine como faria naquela situação e como faria se confrontado com algo parecido. Qual seria a atitude? Santo Agostinho afirma que Deus criou-nos sem nós, não nos salva sem nós! Deus respeita a nossa liberdade e a nossa vontade cuja decisão e opção depende de cada um de nós.

A multiplicação do pão e do peixe é exemplo que quando existe partilha Deus continua a realizar milagres também nos nossos dias. É preciso abri-nos ao desafio do Evangelho para que muitos mais se deixem desafiar e contagiar de modo que Ele possa continuar a multiplicar-se em Eucaristia, em comida e bebida, alimento de vida eterna e assim chegar às multidões do mundo de hoje fazendo o que fez junto ao mar: «Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, tomando quanto quiseram.» Serve-se da nossa ação e mediação para estar connosco e levar aos outros a sua presença. Jesus não olhou para as condicionantes humanas. Não perguntou se o pão era disto ou daquilo e o mesmo do peixe. Precisamos de algo mais?

 

Mesa da Palavra – Ano B – XVII Domingo Comum ano B

1ª Leitura: 2 Re 4, 42-44 –Veio um homem de Baal-Salisa, que trazia ao homem de Deus, como oferta de primícias, vinte pães de cevada e trigo novo, no seu saco. Disse Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam.» O seu servo respondeu: «Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto?» Insistiu Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam. Pois isto diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará.’» Ele colocou os pães diante deles. Todos comeram e ainda sobejou, como o Senhor tinha dito.

Salmo 144(145) – Abris, Senhor, as vossas mãos e saciais a nossa fome.

 2ª Leitura: Ef 4, 1-6 – Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento com que fostes chamados; com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos.

 Evangelho XVII: Jo 6, 1-15 – Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos. Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?» Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe: «Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.» Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, tomando quanto quiseram. Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer. Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

 

Agenda Paroquial: Julho e Agosto

Julho:

INSCRIÇÕES na CATEQUESE 

Estão abertas as Inscrições na Catequese Paroquial da Ribeira Brava, no horário do escritório de 2ª a 6ª das 9h-11h e nos fins de semana antes ou após as missas. Os outros anos consideram-se inscritos.

27 julho – Véspera da Sª da Saúde, Meia Légua, 20h

28 julho – Dia da Festa da Sª da Saúde, Meia Légua, 13h

31 Julho, 4ª feira: 14h30-17h  – Encontro do crisma

  AGOSTO:

1 agosto, 5ª feira: 14h30 – 17h-Encontro do Crisma

2 agosto, 6ª feira: 19h – Encontro do Sr. Bispo com os crismandos

4 agosto, Domingo: Crisma, 11h30

12 agosto, 2ª feira: Aniversário morte do Pe. Dehon, Fundador SCJ

15 agosto, 5ª feira: Nª Sª do Monte – Assunção, 8h,10h,12h.  Visita da Banda da Ilha Graciosa, Açores até 20 agosto

17 agosto, sábado: Casamentos e Batismo, 14h e 16h

24 agosto, sábado: Casamento e Batismo, 15h e 16h

31 agosto, sábado: Casamento, 15h

Pensamentos:

«Porque desejo o bem da humanidade, eu te peço meu Deus,

quer neste dia em que uma vida nova se anuncia,

seja para nós todos sem piedade.

 

Em vez de glória, dá-nos caridade…Em vez de força,

dá-nos energia…Não nos dês honras –dá-nos humildade…

Não nos dês oiro – dá-nos alegria.

 

Deixa morrer as nossas ilusões,

Não sirvas interesses e paixões

Que a humanidade ignora a própria dor.

 

E não sabe afinal o que deseja, pois ambiciona

e mal  que lhe sobeja

Pede-te pão e só lhe falta amor.

                                                       ( Fernanda de Castro, «Trinta e nove Poemas)