Domingo da Palavra de Deus!…»

Há poucos anos o Papa Francisco proclamou o último domingo de janeiro como o Domingo da Palavra de Deus. Pensemos e bem que todo o domingo como indica o nome «é o dia do Senhor», logo é inerente ouvirmos a Palavra de Deus nas leituras proclamadas em todas as missas e daí, não só ao domingo, mas também durante a semana, quando ouvimos ou lemos textos da Sagrada Escritura. Para nós são Palavra de Deus, porque aceitamos e acreditamos que neles Deus fala-nos e diz a sua vontade em ordem à salvação. Lembro os primeiros capítulos do Génesis. Pela sua «Palavra» Deus cria e governa o mundo, escolheu e educou um povo. Jesus é a Palavra encarnada, enviada ao mundo para revelar a vontade do Pai e dar os homens a adoção de filhos de Deus e virá para julgar. A Palavra opera eficazmente através do anúncio, para a salvação de quem acolhe com fé, confia e pratica a Palavra. Lembremos a parábola da casa construída sobre a rocha o sobre a areia. S. Pedro diz que a Palavra é boa para educar, corrigir, admoestar e ensinar. Para S. Paulo a palavra é como uma espada de dois gumes. Isaías diz que a palavra é como a chuva, não volta para o céu enquanto não empapa a terra. Se há um livro que os católicos devem ter na mesa de cabeceira é a Sagrada Escritura, a Bíblia Sagrada. Não se compreende quem nunca pega, lê, medita e reza a Bíblia.

A Liturgia está organizada num ciclo de três anos e assim lemos a  Sagrada Escritura. Não basta ouvir, é precisa que se leia e se faça da palavra vida em cada um e nas comunidades. Para incentivar ao menos a atenção e a escuta atenta foi colocado nos bancos da igreja o livro das leituras do domingo. Serve para acompanhar mais atentamente a proclamação da Palavra de Deus nas leituras desse domingo. Gostaria de ver mais empenho e atenção neste uso, pois o foco seria a leitura e não o que se passa ao redor ou o que os outros fazem. É comum haver livros nas igrejas da Europa para seguir-se as lituras. É bom que usem também os livros. Assim desejo e assim espero para maior proveito de todos.

Domingo da Palavra de Deus – III Domingo Comum

1ª Leitura: Ne 8,2-4-6.8-10 – O sacerdote Esdras apresentou, pois, a Lei diante da assembleia de homens e mulheres e de todos quantos eram capazes de a compreender. Foi no primeiro dia do sétimo mês. 3 Esdras leu o livro, desde a manhã até à tarde, na praça que fica diante da porta das Águas, e todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4 O escriba Esdras subiu para um estrado de madeira, mandado levantar para a ocasião;. 5 Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, pois achava-se num lugar elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo se levantou. 6 Então, Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: «Ámen! Ámen!» Depois, inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com a face por terra. 8 E liam, clara e distintamente, o livro da Lei de Deus, e explicavam o seu sentido, de modo que se pudesse compreender a leitura. 9 O governador Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a toda a multidão: «Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus; não vos entristeçais nem choreis.» Pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10 Então, ele disse-lhes: «Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, bebei vinho doce e reparti com aqueles que nada têm preparado; este é um dia grande, consagrado ao Deus; não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é que é a vossa força.»

 2ª Leitura: 1Cor 12, 12-14.27 – 12 Pois, assim como o corpo é um só, embora tendo muitos membros;  e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo; assim também Cristo. 13 De facto, fomos todos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo — judeus ou gregos, escravos ou livres — e a todos foi dado a beber um único Espírito. 14 O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. 27 Ora vós sois o corpo de Cristo e seus membros, cada um pela sua parte.

Evangelho III Domingo Comum: Lc 4, 1-4: 4, 14-21 – Visto que muitos empre enderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, 2 como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram servidores da Palavra, 3 resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expor-tos por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, 4 a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído. 14 Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região. 15 Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. 16 Veio a Nazaré, onde tinha sido educado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. 17 Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: 18 «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, 19 a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» 20 Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.

AGENDA PAROQUIAL

  1. MÊS DE JANEIRO 

            25. Batismos. 11h30 e 16h

            26. Encontro dos Movimentos Paroquiais no Salão, às 11h.   Domingo da Palavra de Deus

 

         2. MÊS DE FEVEREIRO

         1. Casamento e Batismo

 2. Jubileu da Vida Consagrada – Candeias

16. jubileu das Famílias na Vila da Calheta das 10h às 17h. A inscrição é feita por famílias na paróquia ou no site da Diocese e assim têm acesso gratuito ao parque.

Cada família tem de encarregar-se do seu almoço.

18. S. Cláudio de la Colombière, memória scJ

  20. sANTOS Francisco e S. Jacinta – Pastorinhos de Fátim22. Cadeira de São Pedro

      24-26. Assembleia dos Párocos Dehonianos em Alfragide

 

Meditando : A Sagrada Escritura na Vida da Igreja

 «A Igreja venera sempre as Sagradas Escrituras, como venera o Corpo do Senhor, não deixando sobretudo na Sagrada Escritura, de tomar o pão da vida tanto da mesa da palavra de Deus, como Corpo de Cristo, e de o distribuir aos fiéis. Sempre as considerou e considera, juntamente com a Sagrada Tradição, como a regra suprema da sua fé, visto que inspiradas por Deus e escritas duma vez para sempre, comunicam imutavelmente a palavra do próprio Deus e fazem ressoar, através das palavras dos profetas e dos Apóstolos, a voz do Espírito Santo…. Com efeito nos livros sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro dos seus filhos e conversa com eles (cf. D.V 21)