No decorrer de um ano santo a Igreja propõe aos fiéis uma peregrinação a um santuário ou a uma igreja com a faculdade dos fiéis poderemaí obterem a indulgência, o perdão dos pecados.

O jubileu é um ano de graça e um tempo favorável do encontro com Deus. Por isso tem relevância particular o perdão de Deus que é sem limites. Na morte e ressurreição de Jesus, Deus dá-nos

o Seu amor, que destrói o pecado dos  homens. (cf. MV.nº 22). A Reconciliação é operada através do mistério pascal de Jesus e da mediação da Igreja. Ao experimentamos o pecado, experimen-

tamos também a graça. Deus perdoa, mas o cunho negativo do pecado fica em nós. A misericórdia  divina é mais forte. Torna-se indulgência de Deus e livres, faz-nos agir com caridade e crescer no amor em vez de recair no pecado. O homem abre-se ao perdão e à comunhão com Jesus na sua entrega e doação pela salvação da humanidade (Col 1, 24). Vemos neste âmbito a Igreja no uso do seu “poder das chaves” (cf. Mt 16,18-19; Jo 20,23).

Neste Domingo as paróquias do Arciprestado da Ribeira Brava e Ponta de Sol realizam a sua Peregrinação Jubilar à igreja matriz da Ribeira Brava, escolhida para igreja jubilar no Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. Após a Peregrinação da frente mar à igreja, entrada pela Porta Santa, realização da Reconciliação, Adoração, participação na Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo D. António, Oração pelas intenções do Papa e acolhimento das Indulgências.

Ao terminarmos o mês do Rosário e das Missões, olhamos para a Virgem Maria com o título de Mãe de Misericórdia como invoca o papa Francisco (cf. MV.nº. 24). A Virgem canta a misericórdia que se estenda às gerações, que Deus muito ama (cf. Lc 1,20). Ela entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou no mistério do Seu amor. Dirijamos a nossa oração com a Salvé-Rainha, pedindo que Ela não se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia – o seu Filho Jesus. Ela nos dirige a palavra certa: “Fazei o que Ele vos disser” (cf. Jo 2,5)

Trata-se de viver no quotidiano a misericórdia, orando com os salmos: “Lembrai-Vos Senhor da Vossa misericórdia e do Vosso amor, pois existem desde sempre” (Sl. 20) e “Dai graças ao Senhor, é eterna a sua misericórdia” (Sl. 136).

Vivemos assim em arciprestado este grande acontecimento espiritual e humano, além dos individuais que foram tendo realização a seu tempo. Que todos possam experimentar em si, nas famílias e nas comunidades, o olhar misericordioso de Deus!