O Monte da Caveira!…

O mês de novembro é marcado pelo dia do Pão-por-Deus ou dia de todos os santos e pelo dia das Almas, Fiéis Defuntos ou Finados. Novembro é conhecido como o mês das almas, pois é neste mês, que em geral recordamos com saudade os defuntos: família, amigos e conhecidos. Temos a testemunhar na nossa igreja esta devoção no painel das almas (altar S. Pedro), onde teria tido início a igreja da Ribeira Brava com uma capela instituída às almas nos inícios do povoamento. Temos o registo artístico que relembra esta realidade da vida de fé e aviva o pensar no além. Todos temos esta passagem, a morte física, que na expressão de S. Bento dizemos «o transito», passar de um lado ao outro da vida. Na espiritualidade cristã, dizemos ainda que o dia da morte, é o dia do nascimento. Esta questão essencial da vida devia fazer-nos pensar do que fazemos da vida e do que somos na vida.

Numa das visitas à capela dos ossos em Évora o guia chamou a atenção para uma frase escrita com ossos, talvez de frades franciscanos: «Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos!» Dispensa para já comentários, pois é completa no seu todo. Na recente visita à ilha das Flores a guia contou uma “estória” sobre o Monte da Caveira! Quem foi ao passeio deve lembrar-se, pois o pessoal começou a dizer: «O sr. padre já tem uma história para contar no dia das almas. Eu bem me ri na ocasião, e guardei-a para depois das almas, para os que não foram às Flores. Diz-se que nos idos do povoamento da ilha um barco pirata foi apanhando por uma enorme tempestade e veio a naufragar nas Flores. Os habitantes aproveitaram tudo quanto puderam do barco e nos destroços salvaram um pirata, que foi recolhido e tratado pelas pessoas. Diz a guia que ele era mesmo pirata! Além de reles criatura, injuriava tudo e todos e até gozava da fé das pessoas que o tratavam bem. O pirata morreu e como boa gente que eram e são ainda hoje, lá sepultaram o homem (não perguntei se foi feito funeral católico com padre e água benta em cima, apesar da descrença do homem, que isto na questão da morte, tornam-se todos crentes e bons.…). Passados uns tempos num dos monte do lugar apareceu o pirata a pedir que rezassem por ele. Se em vida assustava os habitantes, em morto também, pois as pessoas viam a caveira dele no cimo do monte em constante alarido e tumulto e causava tremor. A esse monte passaram a chamar o “Monte da Caveira” que mantém o nome até aos dias de hoje. Para completar a história, aconselho a leitura da parábola de Jesus sobre Lázaro e o rico avarento.

Sabemos quão importante é a oração e melhor ainda a solidariedade que a oração realiza. Rezamos uns pelos outros e com os outros. Para todos alcançarmos a eternidade e a visão de Deus. A relação de comunhão é eterna, como eterno é o amor de Deus e eterna a Sua misericórdia.  Pe. B. Trindade,scj

 

ACONTECE NA PARÓQUIA

❶. Catequese: Festa do Acolhimento, 1º Ano da Catequese no Sábado, 12 de Novembro, 17h. Pais, Crianças e Catequistas empenhem-se sff.…

❷. Novenas da apresentação:Capela da Apresentação

Domingo, 13 Novembro, Novena e Missa às 19H.

2ª feira, 14 Novembro a 18 Nov., 6ª feira, Novena e Missa às 20H. Sábado, 19 Novembro. Véspera da Festa.

Romagens com início às 14h30. Novena e Missa da Festa, às 20h. Arraial até 1h.

Domingo, 20 Novembro, Dia da Festa, Missa e Procissão,15H. Após a procissão a bênção das crianças. Os movimentos e demais paroquianos estão convidados para a festa.NB. Pede-se às pessoas                 encarregadas dos sítios de recolherem as ofertas para a festa. Obrigado. Há 1 pessoa que faz dentro da capela.

❸.Parabéns finalistas da Escola Pe. Manuel Álvares, com bênção das Capas, na 6ª feira, 4 de Novembro às 16h na igreja da R. Brava.

❹. Liturgia: Acólitos precisam-se. É ponto de honra desta paróquia aos longo destes anos em que estão os dehonianos, haver acólitos no altar. É esse o serviço do acólito. Aqui registo essa necessidade. Temos muitas alvas de acólitos de vários feitos e tamanhos, mas falta o principal, quem as use. Nesta paróquia dedicada a S. Bento, mais ainda se deve preservar o serviço do altar. Venham acólitos, senão as alvas podem criar “mofo” se os jovens não as usam

❺. O coro paroquial retoma os ensaios e encontros à sexta-feira pelas 20H. Vozes novas e arejadas têm sempre o seu lugar. Não se nasce ensinado! Assim podemos continuar a transmitir a beleza da fé através do canto, na boa tradição de São Bento: “Nada se anteponha ao serviço divino!”

❻. Acontece na diocese,

13 a 18 Novembro, a Semana Bíblica do Funchal, Convento Stª.CLara

19 Novembro – Assembleia Diocesana Movimentos Laicais no Colégio Santa Teresinha. Fecho do Ano Jubilar da Misericórdia na Sé, 16H.

  1. Os movimentos paroquias estão vivamente convidados a participarem. Há fichas de inscrição na paróquia.

 

MESA DA PALAVRA – DOMINGO XXXII COMUM – ANO C

1ª Leitura: 2 Macb 7,1-2.9-14 –  1 Aconteceu, também, que um dia foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei. 2 Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a morrer antes que violar as leis dos nossos pais.». 9 Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há-de ressuscitar-nos para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis.» 10 Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente. 11 E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas, agora, menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.» 12 O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem, que nenhum caso fazia dos sofrimentos. 13 Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto, 14 o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer pela mão dos homens, com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.».

2ª Leitura: 2 Ts, 2, 16-3,5 –  16 O próprio Senhor Nosso Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, por graça, consolação eterna e boa esperança, 17 consolem os vossos corações e os confirmem em toda a obra e palavra boa. 1 Quanto ao resto, irmãos, orai por nós para que a palavra do Senhor avance e seja glorificada, como entre vós, 2 e para que sejamos libertados dos homens perversos e malvados, pois nem todos têm fé. 3 Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará e vos protegerá do mal. 4 Quanto a vós, temos confiança no Senhor em que já fazeis e continuareis a fazer o que vos ordenamos. 5 O Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e para a constância de Cristo.

Evangelho XXXI Domingo Lc 20, 27.34-38 – Aproximaram-se alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no: Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se; 35 mas, aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres, 36 porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus. 37 E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob. 38 Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»