«Fui casado!…»
Sabemos que no mês de novembro existe uma corrida aos cemitérios com deposição de flores e velas nas campas de familiares, amigos e até vizinhos. A saudade aperta e a lembrança dos nossos vem à flor da pele, como dizemos. Oxalá este gesto não seja simples sentimento, fosse uma continuação do que fazemos por eles em vida. Quanta flor e quanta visita seria agradecida e rezada a Deus por quem a ofertaria em vida, quando sozinhos, isolados e tristes e falo a pensar em pais idosos e familiares. Como seria belo ver mais flores ofertadas em vida aos nossos idosos e menos na morte. Não duvido que todo o gesto de bem toca o coração de Deus e todo o gesto para com os defuntos também, pois somos solidários e próximos dos que morrem marcados pelo sinal da fé.
Recitamos o Credo nos domingos e festas de guarda e terminámos dizendo: «Professo um só Batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há-de vir» (credo). A nossa oração pelos defuntos deve lembrar-nos as dimensões da fé. Estamos em fraternidade com os que nos rodeiam e com todos aqueles e aquelas que nos precederam e «cuja fé só Deus conhece». A marcha atual da Igreja, dos batizados, é sustentada e encorajada pelos que já estão com o Senhor e não é indiferente à última purificação de quantos necessitam dela. Sabemos que são irmãos nossos e nós confiámo-los à misericórdia de Deus, daí a nossa oração pelos fíéis defuntos. Acreditar na ressurreição da carne é uma afirmação importante. Basta lembrar as palavras dos 7 filhos macabeus ao rei Antíoco (2Macb 7,1.-14) e as profissões de fé de Job e salmistas.(job 19,25, Sl 5,10), Jesus que responde aos fariseus sobre a ressurreição, São Paulo, 1 Cor 15,13-14) e 1 Cor 14.42: «semeado corruptível o corpo ressuscita incorruptível. Fazemos caminho de eternidade, na senda de Deus: “Eu sou a ressurreição e a vida, o que crê em mim viverá “(Jesus)
Ouvi um dito sobre um homem que chegou à porta do céu e na fila São Pedro ia perguntando pelo que tinham feito de bem na terra. Ao chegar a sua vez nada tinha para dizer a S. Pedro e não se lembrava de nada, mas palavra puxa palavra e na atrapalhação lembrou-se de dizer a S. Pedro: “Olhe, na terra fui casado!” Não é que são Pedro deixou-o entrar no céu! Haja Deus e cada qual tire a lição!
Acontece na Paróquia da Ribeira Brava |
Agenda de Novembro:
5 a 12 novembro: Semana dos Seminários
17 novembro: Bênção dos Finalistas – Pe. Manuel Álvares, 15h
18 – 25 novembro: Semana da Apresentação
18 – 19 novembro – Novenas, 19h
20-24 novembro: Novenas, 20h
25 novembro, Sábado:
Festa acolhimento, 1º ano catequese, 17h
Véspera da Apresentação:
Romagens: Apresentação (14h), Achada (17h). Pico, 18h, Novena,20h
26 novembro, Domingo: Festa da Apresentação: Procissão, 15h. Bênção das crianças após a procissão
30 novembro. Início Novenas da Conceição na Avé Maria até 6 de dezembro, 20h
NB.Temos Festeiro para a Apresentação. Pedimos às pessoas que participem com produtos nas romagens para o bazar, Obrigado desde já.
Fecho de ruas, a Câmara pede a atenção no fecho das ruas por causa das obras em curso.
Prece de um peregrino:
«Senhor Deus, andei pela vida à tua procura.
Perguntei pelo teu endereço. Quero saber o lugar onde moras. Quero encontrar-te e conversar contigo. Mas eram tantos nomes e tantos endereços teus, que fiquei perdido. Meu Deus, onde moras?
Cansado e suado de tanto andar, parei na casa de um pobre. Ele estava sentado na calçada em frente ao seu barraco. Aproveitava a brisa do fim do dia. Perguntei-lhe pelo teu endereço. E ele disse-me: “Perdoe a minha ignorância. Eu sou Severino. Não. Você tem o aspeto de quem anda cansado. Enquanto estiver comigo, esta casa é sua!” Entrei e estou lá até hoje, meu Deus!
Junto dele encontrei a paz e a humildade, a partilha e o perdão, a solidariedade e a luta pela justiça, encontrei liberdade. Responde Deus à minha pergunta: «É na casa deste pobre que tu Te escondes?» (Carlos Mesters)
Mesa da Palavra – Ano A
Evangelho Domingo XXXII: Mt 25, 1-13 – «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo. Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo; enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias. Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram. A meio da noite, ouviu-se um brado: ‘Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!’Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.’ Mas as prudentes responderam: ‘Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.’ Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta!’Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço.’ Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.»
Evangelho Domingo XXXIII: Mt 25, 14-30 «Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas, aquele que apenas recebeu um, foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19 Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O Senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: ‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: ‘Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’ O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’ ‘Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’»